Neste Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, lembrado em 25 de julho, é essencial refletirmos sobre a segurança das nossas crianças em ambientes aquáticos. Dados alarmantes mostram que em 2022 houve um aumento de 7,61% nas internações por afogamentos entre crianças de 0 a 14 anos. Este cenário nos alerta para a importância de adotar medidas preventivas eficazes. Neste artigo, abordaremos as informações da pesquisa realizada pela Aldeias Infantis SOS, bem como as dicas de especialistas para proteger nossos pequenos dos perigos da água.
De acordo com a pesquisa elaborada com base nos dados do DataSUS pela Aldeias Infantis SOS, o número de internações por afogamentos aumentou consideravelmente em 2022, especialmente na faixa etária de 0 a 14 anos. Embora não estivesse entre as principais causas de internação no ano anterior, em 2022, os afogamentos representaram um aumento alarmante em relação a 2021, tornando-se a segunda causa de morte por lesões não intencionais nessa faixa etária, respondendo por 26% dos óbitos.
Em análise detalhada, percebemos que o grupo entre 5 e 9 anos foi o mais afetado, com um aumento de 75% nos casos de afogamento em 2022. Além disso, crianças de até um ano também apresentaram um acréscimo de 18,18%, enquanto na faixa etária entre 1 e 4 anos, o aumento foi de 1,48%. Esses números reforçam a necessidade de atenção especial aos cuidados com crianças pequenas em ambientes aquáticos.
Neste contexto alarmante, a Aldeias Infantis SOS se uniu à Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) para apoiar o movimento "Go, Blue". Essa campanha tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção de acidentes aquáticos, que vitimam um brasileiro a cada 1h30. Mais de 1.200 locais pelo país participarão da iniciativa, iluminando-se de azul em prol dessa causa no Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento.
Diante desses dados preocupantes, é crucial conhecermos as medidas preventivas recomendadas pelos especialistas. Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS, destaca a importância de ações comprovadas para evitar cerca de 90% dos acidentes. Abaixo, confira algumas dicas essenciais:
1. Supervisão constante: Nunca deixe crianças sozinhas dentro ou próximas da água. Um adulto deve supervisioná-las de forma ativa o tempo todo.
2. Colete salva-vidas: Ao entrar na água, faça o uso de coletes salva-vidas. Boias de braço são escorregadias e não são aconselhadas para garantir a segurança.
3. Comportamento seguro: Ensine as crianças a não correrem, empurrarem ou pularem em outras pessoas na água. Também explique a elas que nadar sozinhas, sem supervisão, é perigoso.
4. Atenção a recipientes com água: Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de profundidade, como banheiras, pias, vasos sanitários, baldes, piscinas, praias ou rios.
5. Guarda segura de reservatórios: Após utilizar baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis, mantenha-os vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças. Deixe cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.
6. Restrição de acesso: Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e aos reservatórios de água.
A prevenção é a chave para reduzir os acidentes por afogamento entre crianças e adolescentes. Neste Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, a reflexão sobre a segurança em ambientes aquáticos é essencial. Ao adotarmos as medidas preventivas e compartilharmos esse conhecimento, poderemos proteger nossos pequenos e garantir que eles possam desfrutar da água de forma segura e divertida. A responsabilidade é de todos, e juntos podemos evitar tragédias e promover a cultura do bem cuidar e do cuidado de qualidade.
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