O mês de agosto no Brasil não é apenas um período intermediário entre o inverno e a primavera. É um mês que abriga o enriquecedor Dia do Folclore Brasileiro, celebrado em 22 de agosto, uma oportunidade para honrar a riqueza multicultural da nação. Nesse universo diversificado e repleto de regionalismos, três personagens folclóricos ganham destaque: o Saci-Pererê, a Mula Sem Cabeça e o Curupira. Em suas histórias entrelaçadas, eles compartilham a relação intrínseca com a mata e a natureza, que serve como ponte para conectar as crianças com suas raízes culturais.
Não é preciso esperar até outubro para reconhecer a presença do Saci-Pererê no imaginário popular. O folclore brasileiro dedica um mês inteiro para celebrar sua riqueza. E é no dia 22 de agosto que todas as cores e texturas da cultura nacional são festejadas. Entre lendas e mitos, é na floresta que o Saci encontra moradia, o Curupira é guardião e a Mula Sem Cabeça vagueia por matas e campos.
A iniciativa ‘Criando Juntos’, parte fundamental do projeto da startup educacional "De Criança Para Criança", busca impulsionar o interesse dos alunos em diversos aspectos do conhecimento por meio da conexão com o folclore. Com orientação do professor, os estudantes colaboram para criar histórias, ilustrações e narrações que refletem os conteúdos propostos pelas disciplinas escolares.
Nesse cenário, o professor José Francisco Aparecido, da startup, ressalta que o Brasil é uma colcha de retalhos de culturas, onde diferentes vozes compõem um coro valioso. Essa sinfonia é formada por indígenas, africanos e europeus, que moldaram um universo literário fantástico, onde a cultura popular se entrelaça com a riqueza do folclore.
“Temos que valorizar a cultura popular como um bem”, ressalta o professor.
A palavra "folclore", proveniente do inglês "folklore", denota a sabedoria popular e o conhecimento tradicional de um povo. Essa sabedoria, que se originou da junção dos termos "folk" (povo) e "lore" (conhecimento), encontra-se enraizada nas tradições culturais. O termo foi cunhado pelo arqueólogo e pesquisador inglês William John Thoms, que o utilizou pela primeira vez em 22 de agosto de 1846, em um artigo publicado em um jornal de Londres.
A celebração do Dia do Folclore, em 22 de agosto, não é um marco exclusivo do Brasil, mas uma data que reverbera globalmente. Conforme enfatiza o professor Chiquinho, é crucial que as escolas proporcionem aos alunos, de todas as idades, o acesso ao acervo cultural presente no folclore. A conexão com a cultura, origem e história de cada estudante é um direito que deve ser respeitado e nutrido.
“Acredito que para mudarmos tal realidade é necessário a conscientização dos educadores, famílias, enfim, toda a nossa sociedade, sobre a importância da valorização da nossa cultura”, ressalta.
Nessa jornada pela valorização do folclore, o professor Chiquinho advoga pela incorporação de ações que resgatem as raízes culturais da população. Afinal, o folclore brasileiro é uma riqueza que contribui positivamente para o desenvolvimento dos alunos, alimentando a formação literária e promovendo habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Entretanto, ao passo que celebramos o Dia do Folclore, há um alerta sobre o declínio do interesse por projetos ligados ao tema, especialmente em áreas urbanas. A conscientização de educadores, famílias e sociedade em geral sobre a importância da cultura é um passo crucial para reverter essa tendência. Como ressalta o professor Chiquinho, valorizar algo requer conhecimento e pertencimento.
"Aquele que se apropria de suas histórias é capaz de reconhecer sua potência e escrever sua história diariamente", declara Januária Cristina Alves, educomunicadora e mestre em Comunicação.
O folclore, muitas vezes gerado por uma falta de conhecimento científico, sustenta um legado cultural transmitido através de histórias, músicas e danças, forjando os valores das gerações passadas.
No cerne do currículo da educação infantil, há um vasto repertório de atividades lúdicas, jogos, brincadeiras, danças e cantigas. A revalorização do folclore nesse contexto é vital para conectar os estudantes com suas raízes, costumes e identidade.
No âmbito das famílias, a tecnologia também se une à celebração do folclore. A assistente virtual da Amazon, a Alexa, presente na "Hora da História", traz adaptações de histórias folclóricas brasileiras, como Curupira, Mula Sem Cabeça e Iara, oferecendo entretenimento que se conecta com a cultura local. Essa iniciativa ressalta o compromisso da Alexa em enriquecer a vida das famílias brasileiras.
Todas as histórias folclóricas já estão disponíveis em áudio para todos os dispositivos da linha Echo ou com Alexa integrada, enquanto os modelos da família Echo Show (Echo Show 5, Echo Show 8, Echo Show 10 e Echo Show 15) exibem em suas telas animações originais, criativas e divertidas para entreter a criançada. Novas histórias animadas serão adicionadas nos dispositivos ao longo dos próximos meses.
Para conferir os dispositivos da Amazon com Alexa integrado, clique em Dispositivos Echo com Alexa:
Em resumo, o Dia do Folclore Brasileiro é uma celebração que vai além da data, permeando a importância de manter viva a cultura popular entre as crianças. Ao conectar os jovens com suas raízes, essas lendas e mitos fornecem um elo valioso entre passado e presente, reforçando a identidade cultural e contribuindo para a formação integral das crianças desde a educação infantil. Portanto, ao valorizar o folclore, estamos investindo no legado cultural do Brasil e nas futuras gerações.
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