Com o avanço da tecnologia, é comum que os pais compartilhem momentos especiais de seus filhos nas redes sociais. No entanto, a prática excessiva conhecida como sharenting, onde os pais compartilham conteúdos das crianças indiscriminadamente, pode expô-las a riscos a longo prazo. Segundo um estudo da Nominet, empresa britânica responsável pelo domínio .uk, pais postam, em média, cerca de 195 conteúdos por ano de crianças com menos de 5 anos.
Essa prática, derivada das palavras "Share" (Compartilhar) e "Parenting" (Paternidade), pode resultar em exposição indevida. Surpreendentemente, 29% dos pais nunca solicitam permissão antes de compartilhar mídias relacionadas aos filhos, revela um levantamento realizado pela Security.org.
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A maioria dos pais não possui controle sobre quem visualiza essas informações, aumentando os riscos de fraude, roubo de identidade, cyberbullying e assédio. Além disso, a exposição excessiva pode violar o direito à privacidade, protegido por leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Alessandro Tomazelli, CEO da Cia do Tomate, empresa de recreação infantil, destaca a importância de uma exposição consciente.
“Vivemos em um mundo globalizado e 100% digital, no entanto, o consumo tecnológico principalmente aquele envolvendo crianças, deve ser utilizado de forma consciente para que elas não sejam colocadas em situações de risco”, explica.
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Diante desses desafios, é crucial adotar medidas que preservem a privacidade e a segurança das crianças no ambiente digital. Jonathan Arend, consultor de cibersegurança da keeggo, compartilha cinco dicas fundamentais para os pais e responsáveis:
É crucial que os pais questionem se o que estão compartilhando é apropriado e os riscos que pode acarretar a longo prazo.
Utilizar as configurações de privacidade das redes sociais é fundamental para controlar quem acessa as postagens, limitando a exposição para familiares e amigos.
Respeitar a privacidade de crianças mais velhas é essencial. Pré-adolescentes e adolescentes podem ter opiniões sobre a exposição online, gerando discussões familiares.
Evitar expor detalhes como nomes completos, endereços e locais frequentados regularmente para proteger as crianças de riscos de segurança.
Revisar regularmente o conteúdo compartilhado online é crucial para garantir que não haja informações sensíveis ou comprometedoras sobre as crianças.
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Preservar a privacidade das crianças no ambiente digital é uma responsabilidade dos pais. Adotar medidas conscientes e seguir as orientações de especialistas é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e seguro para nossos filhos no mundo online.
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