Quinta, 05 de Dezembro de 2024
Tecnologia COLUNA

Estudar com auxílio da inteligência artificial não é atalho

Leia na coluna de Liliane Ferreira: Uma reflexão sobre a construção de pontes entre a IA e a Educação Infantil que despertam novas possibilidades de aprendizado

29/02/2024 às 11h23 Atualizada em 02/05/2024 às 09h39
Por: Liliane Ferreira Fonte: Liliane Ferreira
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Nosso dever, como pais e educadores, sermos ponte entre a IA e as crianças que já nasceram nessa era digital. Imagem: Pixabay
Nosso dever, como pais e educadores, sermos ponte entre a IA e as crianças que já nasceram nessa era digital. Imagem: Pixabay

 

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Pedia para a IA resolver questões passo a passo e eu ia acompanhando”, contou um estudante ao Jornal da Paraíba. O jovem é personagem da notícia “Aluno de escola pública que passou em engenharia da computação usou inteligência artificial para estudar” e me deixou pensando como o que hoje pode ser visto como algo curioso será considerado normal em pouco tempo.

Mas estaríamos nós, pais, educadores e demais profissionais relacionados à Educação, prontos para esse momento? Não falo em termos de ter acesso e entendimento das ferramentas, mas da aceitação e da valorização dessa abordagem para adquirir conhecimento. Não podemos ver o uso da IA na área educacional como atalho ou algo menos digno de reconhecimento e atenção.

O estudante citado na reportagem foi aluno de escola pública e usou ChatGPT como recurso complementar durante seus estudos. Ele poderia ter usado para N coisas, mas escolheu aproveitar o potencial informativo e educacional a seu favor.

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Independentemente se ele compreendeu o uso da ferramenta sozinho ou se teve o direcionamento de alguém, ele tomou uma decisão positiva para sua realidade, conseguiu ampliar a rotina de estudos e alcançar seu objetivo.

Acredito que daqui para frente isso será cada vez mais comum e intenso a cada avanço das ferramentas. Como comentei em meu artigo anterior, vejo como nosso dever ser ponte entre a IA e as crianças que já nasceram nessa era digital, para que elas conheçam as possibilidades e as usem de forma benéfica, segura e responsável, sempre de forma coerente e adequada a cada fase do desenvolvimento.

Se esse jovem não soubesse usar ou só visse o potencial recreativo do ChatGPT, talvez ele levaria muito mais tempo para compreender as informações que precisava para o vestibular. Ou perderia a chance de ter novas habilidades, como aprender a falar bem com a IA - “diálogo” que não é tão fácil quanto parece.

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O ponto é: hoje, não saber usar IA para estudar já teria impactado muito a vida desse jovem, imagina como será esse impacto para as crianças que vão prestar vestibular daqui a alguns anos?

 

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*Texto de Liliane Fernanda Ferreira, diretora da B2G, distribuidora da marca Quinyx, que fornece produtos de tecnologia educacional*

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Sobre Liliane Fernanda Ferreira, diretora da B2G, distribuidora da marca Quinyx, traz mais de 10 anos de expertise em licitações e liderança. Seu foco na tecnologia educacional destaca-se em sua abordagem sobre inteligência artificial, ferramentas digitais em sala de aula e recursos para alfabetização e inclusão. Explore o futuro da educação em sua coluna no portal Primeira Educação.
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