Há poucos dias, a edutech Makerlabs divulgou em seus perfis de redes sociais um vídeo que mostra um robô humanoide de Inteligência Artificial numa sala de aula na Índia. Segundo plataformas que repercutiram o conteúdo, "Iris" teria sido desenvolvido para assumir as funções de um professor nas escolas.
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Não fui mais a fundo para conhecer os detalhes desta divulgação e também não vou entrar na discussão sobre IAs roubando ou não empregos. Pretendo focar na presença dessa tecnologia nas salas de aula. Bem ou mal, elas já estão disponíveis de outras formas bem mais simples, como aplicativos para mesinhas digitais, por exemplo, que auxiliam os alunos e potencializam o trabalho do professor.
Como já comentei aqui, acredito que todos nós – pais, docentes, entusiastas da educação – devemos ser pontes seguras entre as crianças e a IA, para que elas usem esse recurso de forma consciente. Inclusive, já dei exemplos de como isso pode potencializar o aprendizado e preencher lacunas no sistema educacional, seja nos cursos a longa distância, ou diante da falta de recursos, entre outros.
O ponto é que, em todos esses casos, a IA é apenas uma ferramenta acessível e não a mediadora do acesso. Ela não é o fim, o produto ou um novo agente de educação para conduzir estudantes na jornada do aprendizado. Não sei se a Íris é real agora ou se daqui a X anos teremos vários modelos semelhantes por aí. Mas há algo em que realmente acredito: a figura humana do professor é insubstituível.
Ele é o maestro, cuja sensibilidade é capaz de criar a melhor melodia possível, testando, aprendendo e combinando cada novo instrumento, sem comprometer a harmonia entre lousas, folhas de papel, mesinhas digitais e vozes que acompanham os olhinhos curiosos na plateia.
O espetáculo do aprendizado é coletivo, não um mero solo.
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