A seletividade alimentar infantil é algo considerado natural. Crianças na primeira infância estão em processo de descoberta: texturas, sabores, cores, temperaturas etc, e a recusa alimentar, o pouco apetite e até o desinteresse pelo alimento acaba gerando muita preocupação aos pais e responsáveis. Dentro dos transtornos do espectro do autismo não seria diferente.
Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema, as crianças com TEA podem apresentar comportamentos restritivos, seletivos e ritualísticos que afetam diretamente seus hábitos alimentares.
“Muitas crianças com TEA têm forte preferência por alimentos ultraprocessados em detrimento de alimentos in natura ou minimamente processados, por exemplo, uma tendência que pode levar a deficiências nutricionais e obesidade”, explica.
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Segundo a especialista, há algumas dietas que vêm sendo exploradas para quem tem autismo.
“Sabemos que a seletividade alimentar, por exemplo, não é um problema exclusivo de crianças com TEA, porém, é preciso ainda mais atenção quando se tratam dessas crianças. Uma abordagem individualizada e a intervenção precoce são fundamentais para lidar com as sensibilidades alimentares e as necessidades nutricionais, contribuindo assim para o melhor desenvolvimento cognitivo e comportamental da criança”, complementa a neuropedagoga.
Não é que a seletividade seja mais frequente em pessoas dentro do espectro, mas várias situações podem explicar essa associação, como por exemplo, os problemas de processamento sensorial ( texturas, cheiros, temperaturas ou cores) e a resistência à mudança.
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Mara Duarte recomenda ainda que pais, cuidadores e profissionais da educação busquem o apoio de nutricionistas e pediatras para entender mais sobre o assunto.
“No Grupo Rhema temos, inclusive, um curso que trata da seletividade alimentar no TEA. Ele pode ser encontrado no site rhemaeducacao.com.br”, orienta.
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