Em 13 de julho, é celebrado o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), uma condição neurobiológica que afeta entre 5% e 8% da população mundial, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). Esse distúrbio é caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade, podendo ter um impacto significativo na vida pessoal, social, acadêmica e profissional dos indivíduos afetados.
Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT, destaca a importância dessa data para aumentar a conscientização sobre o TDAH.
"O transtorno aparece na primeira infância e está ligado a alterações no desenvolvimento, que podem levar a déficits nas vidas pessoal, social, acadêmica e profissional", explica Colombini.
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Embora não haja uma causa única definida para o TDAH, fatores genéticos frequentemente estão presentes.
Colombini aponta que alguns dos principais sinais de TDAH em crianças incluem:
O diagnóstico do TDAH é geralmente feito na infância, especialmente no ambiente escolar.
"Os profissionais da escola percebem os sinais e são eles que costumam alertar a família", comenta Colombini.
Ele explica que, embora não existam exames laboratoriais específicos para o TDAH, uma avaliação neuropsicológica e exames clínicos comportamentais e de desenvolvimento são essenciais para estabelecer o diagnóstico.
O tratamento do TDAH é multidisciplinar, envolvendo consultas com psiquiatras ou neurologistas infantis, uso de medicamentos e intervenções comportamentais supervisionadas por psicólogos e pedagogos. Uma das modalidades de terapia indicada para pacientes com TDAH é o Acompanhamento Terapêutico (AT).
"O AT oferece sessões terapêuticas fora do consultório, o que costuma dar ótimos resultados, pois permite acompanhar o paciente em sua rotina diária, identificando gatilhos para a desatenção e agitação", explica Colombini.
Ele enfatiza a importância de um tratamento vivencial e prático, especialmente para pessoas com TDAH.
Além do acompanhamento direto, o AT também inclui orientação parental, essencial no tratamento de crianças com TDAH.
"Os responsáveis têm papel primordial no tratamento dos pequenos", afirma Colombini.
Ele ressalta que o TDAH não está necessariamente associado a uma capacidade cognitiva limitada.
"A criança pode apresentar baixo rendimento escolar devido à agitação e desatenção, não por limitações em sua capacidade de compreensão", destaca o psicólogo.
Com o tratamento adequado, é possível amenizar os sintomas e alcançar êxito no desempenho escolar e profissional.
Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico e atendimento fora do consultório, atuando em São Paulo desde 2012. Ele é especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos, com formação em Clínica Analítico-Comportamental. Colombini também é mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), além de professor e coordenador acadêmico em cursos relacionados ao Acompanhamento Terapêutico.
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