A relação entre avós e netos é repleta de afeto e possui um papel essencial no desenvolvimento emocional e social das crianças, proporcionando um senso de pertencimento e segurança.
Para muitos adultos, algumas das melhores lembranças da infância envolvem a presença dos avós. Esses momentos incluem trocas de experiências, histórias e delícias culinárias únicas. A coordenadora educacional Cris Poli, ex-apresentadora do programa SuperNanny Brasil, destaca que os avós oferecem um vínculo afetivo único.
"Os avós se relacionam com os netos de forma muito especial porque são a extensão do amor, cuidado e intimidade dos filhos. O olhar é diferente, os abraços são diferentes, as conversas e as brincadeiras são especiais", explica Poli, que tem três filhos, cinco netos e um bisneto.
Continua após a publicidade
Poli enfatiza a importância desse vínculo na educação dos netos, onde o equilíbrio entre curtição e disciplina é fundamental.
"Os avós devem estabelecer um relacionamento equilibrado, alternando a curtição dos netos com o respeito e o cumprimento das regras, limites, horários e princípios que os pais ensinam no dia a dia da família", afirma.
Essa harmonia, segundo ela, é crucial para um convívio familiar saudável e enriquecedor.
A legislação brasileira, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Constituição Federal, assegura direitos e deveres para os avós. O ECA estabelece a proteção e cuidados necessários para o bem-estar das crianças e adolescentes, enquanto a Constituição garante o direito à convivência familiar e comunitária e à educação. Além disso, leis específicas como a Lei do Direito de Visita e o Estatuto do Idoso reforçam esses direitos, garantindo que os avós possam exercer um papel ativo na vida dos netos.
Diversos estudos científicos corroboram a importância dessa relação intergeracional. Uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela que crianças com forte vínculo com os avós são menos propensas a ter problemas emocionais e comportamentais. Os avós oferecem amor, apoio, orientação e uma perspectiva diferente sobre a vida, contribuindo positivamente para o bem-estar dos netos.
Outro estudo da Universidade da Califórnia destaca que avós com a mente saudável aumentam as chances de sobrevivência dos netos, transmitindo conhecimentos e habilidades valiosas. Já uma pesquisa do Boston College, realizada ao longo de 19 anos, demonstra que tanto avós quanto netos se beneficiam desse relacionamento. Para os avós, o contato com uma geração mais jovem abre novas perspectivas, enquanto os netos recebem a sabedoria da maturidade, enriquecendo seu desenvolvimento.
Os avós geralmente possuem mais tempo livre e menos urgências, o que lhes permite curtir e se divertir com os netos de forma mais leve. Além de momentos de lazer, muitos avós também desempenham papéis importantes no cuidado diário dos netos, ajudando nas tarefas escolares, refeições e até contribuindo financeiramente. No entanto, é crucial respeitar as individualidades dos avós, garantindo que tenham tempo para seu próprio descanso e bem-estar.
A convivência com os avós fortalece os laços familiares, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Eles transmitem valores, princípios de vida e tradições culturais, preservando a identidade da família e reforçando a conexão com as raízes. Esse relacionamento ajuda os netos a compreenderem sua história e a construírem um futuro baseado em vínculos de afeto e respeito.
Os avós desempenham um papel fundamental na formação de uma base sólida de aprendizado, amor e suporte para as crianças. A relação entre avós e netos deve ser cultivada e respeitada, pois representa um privilégio e uma oportunidade de crescimento mútuo.
Deixe seu comentário e continue navegando pelo portal Primeira Educação para se manter atualizado com as principais informações relacionadas à educação infantil e primeira infância.
Gostou da notícia? Seja um apoiador do jornalismo independente e contribua.