Estamos vivendo em êxtase desde a conquista do tão sonhado ouro olímpico pela nossa ginasta Rebeca Andrade. A ginástica artística é uma das modalidades mais tradicionais e desafiadoras dos Jogos Olímpicos, combinando força, precisão e elegância. Desde sua inclusão no programa olímpico, em 1896, o esporte tem evoluído significativamente, tanto na complexidade técnica quanto na diversidade dos atletas participantes, ganhando cada vez mais destaque nas edições dos Jogos, com performances memoráveis que colocam o Brasil entre as potências emergentes do esporte.
Um dos nomes mais falados no mundo nos últimos dias foi o de Rebeca Andrade. Sua habilidade invejável já havia feito história em Tóquio 2020, e ela voltou a brilhar agora em Paris, consolidando-se como uma das maiores atletas da ginástica artística mundial. Conquistando 4 medalhas olímpicas nesta edição dos jogos, Rebeca demonstrou novamente sua excelência, versatilidade e capacidade de competir em alto nível em todos os aparelhos, reafirmando sua posição entre as melhores ginastas do mundo.
Além do sucesso individual de Rebeca Andrade, a equipe feminina do Brasil, composta por ginastas como Flávia Saraiva, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, atingiu uma posição histórica na competição por equipes. A terceira colocação é um fato inédito, refletindo o crescimento contínuo do esporte no país, e mostrando que o Brasil está entre os melhores do mundo, além de servir de inspiração para as novas gerações de ginastas.
As ginastas brasileiras protagonizaram momentos memoráveis em Paris. Além das conquistas no pódio, as performances cheias de coragem e criatividade tornaram as atletas referências internacionais, gerando uma onda de orgulho e admiração no Brasil. Esse sucesso não foi fruto do acaso, mas sim o resultado de anos de preparação, sacrifício e investimento no esporte. Com uma equipe técnica dedicada e o apoio de uma rede de treinadores, médicos e psicólogos, as ginastas brasileiras alcançaram feitos que, até recentemente, pareciam inatingíveis.
O impacto das conquistas em Paris vai além das medalhas. As atletas brasileiras se tornaram símbolos de perseverança, disciplina e paixão, valores que inspiram milhares de crianças a seguir o mesmo caminho. O legado deixado por elas é um convite para sonhar, mostrando que, com trabalho árduo, é possível alcançar o topo do mundo.
O incentivo à prática da ginástica artística desde cedo é fundamental. A modalidade, além de desenvolver habilidades físicas como força, flexibilidade e coordenação, também promove o autocontrole, a autoconfiança e o trabalho em equipe. Desmistificar mitos, como o de que a ginástica impede o crescimento, é essencial para encorajar mais jovens a ingressarem no esporte.
Para que isso aconteça, é crucial continuar incentivando a prática do esporte desde a infância, disponibilizando mais centros de treinamento e apoio técnico. Com o suporte adequado, o Brasil poderá se consolidar como uma das grandes potências mundiais da ginástica artística, e as futuras gerações de ginastas terão ainda mais motivos para sonhar com o ouro olímpico.
As Olimpíadas de Paris deixaram um legado inestimável. As conquistas das ginastas brasileiras inspiraram uma nova geração, mostraram que o país pode competir de igual para igual com as maiores potências e abriram caminho para um futuro brilhante no esporte. O que vimos em Paris é apenas o começo de uma trajetória de sucesso que promete muitos capítulos gloriosos pela frente.
A prática da ginástica artística pode começar desde cedo, geralmente por volta dos 3 a 5 anos, quando as crianças já possuem habilidades motoras básicas e capacidade de seguir instruções. No entanto, o esporte pode ser iniciado em qualquer idade, com adaptações nos treinamentos conforme a faixa etária.
No Brasil, há muitas academias, clubes e centros esportivos que oferecem aulas de ginástica artística. Programas de iniciação esportiva e escolas de esporte municipais também são boas opções para quem deseja começar, muitas vezes com acesso gratuito ou a preços acessíveis.
Muitos colégios oferecem a ginástica artística como atividade extracurricular, o que é uma ótima oportunidade para o primeiro contato com o esporte.
Como dito anteriormente, a prática da ginástica artística oferece inúmeros benefícios, tanto físicos quanto mentais, para crianças e adolescentes:
Um mito comum é o de que a prática da ginástica artística impede o crescimento. Esse é um equívoco amplamente desmentido por especialistas. Estudos científicos não encontraram evidências de que a ginástica artística ou outro esporte impeça o crescimento de crianças e adolescentes.
A altura de uma pessoa é determinada principalmente por fatores genéticos, e a prática da ginástica pode até contribuir para um desenvolvimento saudável do corpo. Muitos atletas da ginástica artística cresceram normalmente, e o esporte, na verdade, promove o fortalecimento dos ossos e o desenvolvimento muscular, beneficiando a saúde em longo prazo.
O que ocorre é que atletas de baixa estatura tendem a ter um desempenho superior na ginástica artística por vários motivos relacionados às exigências físicas e técnicas da modalidade, tais como controle corporal e equilíbrio devido ao centro de gravidade mais baixo, força relativa favorável, melhor flexibilidade e mobilidade articular. Esses fatores fazem com que ginastas de baixa estatura geralmente sejam mais ágeis, tenham um melhor controle corporal e consigam executar movimentos de alta dificuldade com maior precisão, resultando em um desempenho superior na ginástica artística.
Sendo assim, vamos colocar essa molecada para treinar. O futuro está logo ali, e que tenhamos mais Rebecas, Julias, Flávias... O desempenho da ginástica artística do Brasil nas Olimpíadas de Paris é um testemunho do progresso constante do esporte no país. As conquistas da equipe brasileira não só aumentam o orgulho nacional, mas também apontam para um futuro promissor, onde o Brasil pode continuar a alcançar novas alturas. Investir em categorias de base, desmistificar mitos e incentivar a prática do esporte desde cedo serão a chave para manter essa trajetória de sucesso.
*Texto escrito por Juliana Bergamin Vertullo, Professora de Educação Física e Esportes no Colégio Presbiteriano Mackenzie - SP*
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