Quinta, 05 de Dezembro de 2024
Cultura COLUNA

22 de agosto: Dia do Folclore Brasileiro – Uma oportunidade para construir uma educação antirracista de qualidade

Leia na coluna de Aniete Abreu a importância do Folclore na construção da identidade cultural das crianças e dicas para educação infantil

22/08/2024 às 08h00 Atualizada em 16/10/2024 às 14h15
Por: Aniete Abreu Fonte: Aniete Abreu
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Imagem: Freepik
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A palavra "folclore" faz referência aos costumes de um povo. O Dia do Folclore tem como objetivo incentivar estudos para preservar o acervo do folclore brasileiro. Esse folclore faz parte da cultura popular e inclui personagens famosos em cada região do país. As festas e danças folclóricas, como o samba de roda, o batuque de umbigada, o maracatu, o frevo e as festas juninas, são exemplos importantes dessa rica tradição.

O folclore desempenha um papel crucial na construção de uma educação antirracista para as crianças, pois ajuda a promover a diversidade cultural e a valorização das diferentes etnias. Ele conecta as crianças às suas próprias tradições culturais, auxiliando na compreensão e valorização de suas origens. Isso é fundamental para construir uma identidade positiva e um senso de pertencimento.

Ao aprender sobre as histórias, músicas e danças de diferentes culturas, as crianças desenvolvem respeito e apreço pela diversidade, contribuindo para a desconstrução de estereótipos e preconceitos raciais. As narrativas folclóricas frequentemente abordam temas universais como justiça, coragem e solidariedade. Ao se envolverem com essas histórias, as crianças aprendem a se colocar no lugar dos outros, promovendo a empatia e a compreensão.

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O folclore, com seus elementos fantásticos e imaginativos, estimula a criatividade das crianças. Elas podem criar suas próprias histórias e personagens, o que é essencial para o desenvolvimento cognitivo. Muitas histórias folclóricas contêm lições morais importantes, como a importância da honestidade e da cooperação, que são fundamentais para a formação do caráter infantil.

Ao integrar o folclore no currículo escolar, os educadores criam um ambiente inclusivo, onde todas as culturas são valorizadas, ajudando a combater o racismo e a promover a igualdade desde cedo. Incorporar o folclore na educação infantil é uma maneira poderosa de ensinar às crianças a importância da diversidade e do respeito mútuo, contribuindo para uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.

Aqui estão algumas atividades que podem ser realizadas em sala de aula no Dia do Folclore, focando na valorização da cultura afro-brasileira:

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- Contação de Histórias:

Use personagens da cultura afro-brasileira. Crie e utilize fantoches e fantasias para tornar a experiência mais envolvente. Ajude as crianças a dramatizar as lendas afro-brasileiras, permitindo que atuem como personagens e recontando a história, fomentando a criatividade e a compreensão dos valores culturais.

- Culinária:

Realize uma atividade em que as crianças possam aprender a preparar pratos típicos, como acarajé e cocada. Isso ajuda a valorizar a gastronomia afro-brasileira.

- Oficinas de Artesanato:

Promova oficinas onde as crianças possam criar máscaras africanas, bonecas abayomi ou instrumentos musicais tradicionais, como tambores e berimbaus.

- Criação de Murais:

Organize a criação de murais com desenhos e colagens que representem a cultura afro-brasileira. As crianças podem desenhar personagens folclóricos, cenas de lendas ou elementos da natureza.

- Música e Cantigas:

Introduza as crianças às músicas e cantigas tradicionais afro-brasileiras. Use instrumentos como pandeiros para tornar a atividade mais interativa.

Essas atividades não só celebram o folclore, mas também promovem a inclusão e o respeito à diversidade cultural. Então, querido leitor, vamos começar? Temos muito trabalho pela frente.

Alforria!

LEIA MAIS SOBRE EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NA INFÂNCIA NA COLUNA DE ANIETE ABREU.

Texto escrito por Aniete Abreu - Educadora, Escritora, Contadora de Histórias e Artesã.

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Sobre Aniete Abreu, educadora e autora paulistana de 49 anos, reside em Tietê há 16 anos. Com formação no Magistério, destaca-se na Educação Básica, especialmente na Educação Infantil. Contadora de histórias, artesã e escritora do livro "Abayomi: A Menina de Trança", Aniete é mãe de Xavier, um adolescente negro com Síndrome de Asperger. Agora, como colunista do Portal Primeira Educação, traz sua paixão e experiência para abordar temas cruciais da educação antirracista. Siga no Instagram: @abre.u690
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