Terça, 17 de Setembro de 2024
Educação COLUNA

Poetizando o Folclore

Leia na coluna de Maria Lita um método de ensinar sobre o Folclore para crianças através da poesia cantada

22/08/2024 às 12h00 Atualizada em 22/08/2024 às 20h09
Por: Maria Lita Cardozo Fonte: Maria Lita Cardozo
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Imagem: Divulgação
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No texto abaixo, apresento um pouco do meu método de trabalho em sala de aula, buscando encantar os alunos com uma forma de ensinar que torna o processo de aprendizagem mais prazeroso e envolvente, evitando que se torne cansativo. Desejo que esses momentos sejam de prazer e até mesmo de encantamento, capazes de manter a atenção e a concentração dos alunos, acompanhados de sentimentos de leveza e alegria.

Proporciono aos alunos a oportunidade de participar ativamente na construção do conteúdo, expressando suas opiniões e contribuindo com rimas ou palavras que ajudem na criação do texto. Esse método é relatado no meu livro Brincando de Aprender a Aprender Brincando, na página 17.

No meu próximo livro, O Método, relato o passo a passo do meu percurso na metodologia de ensino-aprendizagem que desenvolvi ao longo dos anos, dentro da sala de aula.

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Durante esse período, descobri minha grande paixão pela poesia na educação, e quero torná-la popular. "Pois é com muita alegria que vivo escrevendo versos e poesia, rimando sobre a vida, mostrando seu valor com humor, cantando versos poéticos ou recitando cordéis, falando sobre o folclore e outras histórias fiéis."

FOLCLORE

Se não sabe o que é folclore, 
Vou lhe dar explicação: 
São histórias que vêm do povo, 
Nascidas dentro de uma nação. 
Quando eu olho para a beleza 
E a riqueza da ilusão, 
Vejo contos inteligentes 
Que encantam gente de todo canto. 
Gente grande ou pequena, 
Em um país de tradição, 
Fica contente com as riquezas 
Que embelezam a criação.

Vejam a Mula sem Cabeça, 
Que a perdeu só por paixão. 
Amou um homem que não podia 
Ter em seu coração. 
A pobre moça percebeu 
Que agira sem razão. 
Desesperada, saiu correndo, 
Com muito medo e desilusão. 
Insensata e sem razão, 
Pelo mundo foi vagar. 
Fugiu correndo desesperada, 
Com sua mente incendiada.

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Até hoje diz a história 
Da moça desajustada, 
Que onde ela passa o fogo rola 
E o mundo todo ela apavora.

Também temos muitos contos 
Que contarei outra hora, 
Mas em conversa com a Caipora 
Fiquei sabendo de outras histórias.

Vi o Saci Pererê 
Dentro do redemoinho, 
Fazendo travessuras, pintando sete, 
Caçando água para beber.

Nosso Boto Cor-de-Rosa 
É um príncipe encantado, 
Dança nos bailes 
Enganando as moças, 
Deixando-as grávidas, 
E depois vai embora.

O Curupira é um grande líder 
E é na mata que ele mora. 
Cuida da fauna 
E vigia a flora, 
Afugentando os caçadores 
Com muita glória.

Em noites de lua cheia, 
O Lobisomem é um rei, 
Canta para a lua com alegria, 
Como se ela fosse sua guia. 
Sua amada está tão longe, 
Difícil de encontrar, 
Mas ele é muito apaixonado 
E não se cansa de cantar.

A Iara é uma sereia, 
Não é aquela do mar; 
É uma lenda da Amazônia, 
E ela vive a encantar. 
Seu canto é um encanto, 
Ela encanta ao cantar, 
Encanta o mundo e os pescadores 
Que com ela querem nadar. 
Aqueles que a seguem 
Com seu canto para amar, 
Vão para o fundo dos grandes rios 
E logo são levados para o mar. 
Ficam desaparecidos 
E jamais podem voltar. 
Essa é uma lenda 
Do povo indígena, 
Que o mundo gosta de escutar; 
É dos Tupi-Guaranis, 
A Mãe-d’água tão popular.

Melodia de Luiz Gonzaga (Asa Branca)

PARA LER MAIS ARTIGOS COMO ESTE, ACESSE: Coluna de Maria Lita Cardozo.

Texto escrito por: Prof. Maria Lita da Silva Cardozo - Psicopedagoga e Psicoterapeuta

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Coluna de Maria Lita Cardozo
Coluna de Maria Lita Cardozo
Sobre Maria Lita da Silva Cardozo, educadora com 26 anos de experiência, aposentou-se para abrir sua clínica particular em resposta à pandemia. Graduada em Pedagogia, especialista em Yoga e Meditação, pesquisadora das redes neurais e psicopedagoga clínica. Como colunista no Portal Primeira Educação, aborda a Psicogênese da língua escrita e a importância do Yoga em sala de aula. Seu legado inclui pesquisas na USP e apresentações na UMAPAZ, destacando-se por sua paixão pela psicologia infantil.
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