No texto abaixo, apresento um pouco do meu método de trabalho em sala de aula, buscando encantar os alunos com uma forma de ensinar que torna o processo de aprendizagem mais prazeroso e envolvente, evitando que se torne cansativo. Desejo que esses momentos sejam de prazer e até mesmo de encantamento, capazes de manter a atenção e a concentração dos alunos, acompanhados de sentimentos de leveza e alegria.
Proporciono aos alunos a oportunidade de participar ativamente na construção do conteúdo, expressando suas opiniões e contribuindo com rimas ou palavras que ajudem na criação do texto. Esse método é relatado no meu livro Brincando de Aprender a Aprender Brincando, na página 17.
No meu próximo livro, O Método, relato o passo a passo do meu percurso na metodologia de ensino-aprendizagem que desenvolvi ao longo dos anos, dentro da sala de aula.
Durante esse período, descobri minha grande paixão pela poesia na educação, e quero torná-la popular. "Pois é com muita alegria que vivo escrevendo versos e poesia, rimando sobre a vida, mostrando seu valor com humor, cantando versos poéticos ou recitando cordéis, falando sobre o folclore e outras histórias fiéis."
Se não sabe o que é folclore,
Vou lhe dar explicação:
São histórias que vêm do povo,
Nascidas dentro de uma nação.
Quando eu olho para a beleza
E a riqueza da ilusão,
Vejo contos inteligentes
Que encantam gente de todo canto.
Gente grande ou pequena,
Em um país de tradição,
Fica contente com as riquezas
Que embelezam a criação.
Vejam a Mula sem Cabeça,
Que a perdeu só por paixão.
Amou um homem que não podia
Ter em seu coração.
A pobre moça percebeu
Que agira sem razão.
Desesperada, saiu correndo,
Com muito medo e desilusão.
Insensata e sem razão,
Pelo mundo foi vagar.
Fugiu correndo desesperada,
Com sua mente incendiada.
Até hoje diz a história
Da moça desajustada,
Que onde ela passa o fogo rola
E o mundo todo ela apavora.
Também temos muitos contos
Que contarei outra hora,
Mas em conversa com a Caipora
Fiquei sabendo de outras histórias.
Vi o Saci Pererê
Dentro do redemoinho,
Fazendo travessuras, pintando sete,
Caçando água para beber.
Nosso Boto Cor-de-Rosa
É um príncipe encantado,
Dança nos bailes
Enganando as moças,
Deixando-as grávidas,
E depois vai embora.
O Curupira é um grande líder
E é na mata que ele mora.
Cuida da fauna
E vigia a flora,
Afugentando os caçadores
Com muita glória.
Em noites de lua cheia,
O Lobisomem é um rei,
Canta para a lua com alegria,
Como se ela fosse sua guia.
Sua amada está tão longe,
Difícil de encontrar,
Mas ele é muito apaixonado
E não se cansa de cantar.
A Iara é uma sereia,
Não é aquela do mar;
É uma lenda da Amazônia,
E ela vive a encantar.
Seu canto é um encanto,
Ela encanta ao cantar,
Encanta o mundo e os pescadores
Que com ela querem nadar.
Aqueles que a seguem
Com seu canto para amar,
Vão para o fundo dos grandes rios
E logo são levados para o mar.
Ficam desaparecidos
E jamais podem voltar.
Essa é uma lenda
Do povo indígena,
Que o mundo gosta de escutar;
É dos Tupi-Guaranis,
A Mãe-d’água tão popular.
Melodia de Luiz Gonzaga (Asa Branca)
Texto escrito por: Prof. Maria Lita da Silva Cardozo - Psicopedagoga e Psicoterapeuta
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