Melissa Coelho Xakriabá, atriz, professora e contadora de histórias, lança neste sábado, 24 de agosto, às 10h30, seu novo livro infantil “Curumins arteiros” na livraria Pequeno Benjamim, em Ipanema, Rio de Janeiro. A obra, publicada pelo selo Artêrinha, do Grupo Editorial Appris, é inspirada na vivência de Melissa em comunidades indígenas e aborda as aventuras de crianças de uma aldeia que aprendem lições valiosas sobre o respeito à natureza.
Melissa, que pertence à etnia Xakriabá, originária de Minas Gerais, enfatiza que o livro é fruto de sua experiência pessoal e do contato direto com pequenos leitores indígenas, que alimentam sua criatividade e formação artística.
“As principais mensagens que pretendo passar no livro é a compreensão de que nós somos natureza. Não estamos à parte, basta perceber nosso corpo por dentro e por fora”, explica a autora.
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O lançamento de “Curumins arteiros” representa também um esforço maior de Melissa em promover a literatura indígena nas escolas, algo que ela acredita estar ganhando espaço, mas ainda precisa de muito incentivo.
“Não apenas para nós, povos indígenas, mas essa conscientização e conquista são necessárias para toda a humanidade. Os povos originários não apenas resistem. Eles fazem o planeta respirar e viver”, afirma.
A autora também reflete sobre os desafios enfrentados pelos povos indígenas na luta por visibilidade e reconhecimento. Segundo ela, apesar de algumas conquistas recentes, há muito a ser feito para que uma educação decolonial seja realmente efetiva no Brasil.
“O apagamento histórico foi muito grande e cruel. Nos dias de hoje conseguimos acessar mais espaços, mas não somos ainda bem recebidos, ou quando somos, ainda nos veem como seres exóticos e diferentes”, destaca Melissa.
O evento de lançamento na livraria Pequeno Benjamim é uma oportunidade para o público conhecer mais sobre a rica cultura dos povos originários e como essa herança pode ser passada às novas gerações de maneira envolvente e educativa.
Melissa Coelho Xakriabá é uma destacada representante da cultura indígena no Brasil. Além de sua formação em teatro, ela se dedica à educação decolonial, à acessibilidade cultural e às práticas anti-bullying. Sua atuação como bonequeira e contadora de histórias tem contribuído significativamente para a divulgação e valorização das culturas dos povos originários.
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