Comemorado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é um marco no calendário brasileiro que convida à reflexão sobre o impacto histórico da escravização de povos africanos e à valorização da contribuição negra na construção da sociedade. A data também celebra a luta de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência e da busca por liberdade.
Segundo Clarissa Lima, assessora pedagógica da plataforma Amplia, a inclusão do tema no calendário escolar, como previsto pela Lei 10.639/03, é um passo essencial para combater o racismo estrutural e epistêmico.
“Essa lei promove uma transformação curricular, incorporando a perspectiva negra na construção da história brasileira, antes narrada de forma unilateral”, afirma.
Uma ferramenta poderosa para trabalhar questões raciais e identitárias com crianças é a literatura. Livros infantis e juvenis oferecem narrativas que valorizam a pluralidade cultural, rompendo com visões eurocêntricas e promovendo representatividade. A seguir, confira sete obras recomendadas por especialistas para abordar o tema em sala de aula ou em casa, incentivando famílias, professores e crianças a explorarem essas histórias inspiradoras.
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Autora: Sônia Rosa
Indicado para os anos iniciais do Ensino Fundamental, o livro apresenta a história de Zumbi dos Palmares de forma acessível e envolvente, destacando a importância de sua luta pela liberdade.
Autor: Rodrigo França
Inspirado no clássico francês, esta obra adapta a narrativa para uma perspectiva afro-brasileira, promovendo reflexões sobre ancestralidade, amizade e autoestima.
Autor: Emicida
Com ilustrações encantadoras, o livro é recomendado para a pré-escola e os anos iniciais do Ensino Fundamental. Ele celebra o orgulho da identidade negra e os pequenos gestos de amor que moldam quem somos.
Autora: Isa Colli
A obra narra a amizade entre a menina Berta e sua boneca Nina, destacando valores de respeito e diversidade, essenciais para uma convivência harmoniosa. Ideal para crianças do Ensino Fundamental.
Autora: Eliane Benício
Esta história emocionante acompanha a jornada da heroína Aduke, uma jovem negra que descobre as forças de suas raízes e sua cultura. É uma leitura educativa e envolvente para jovens do Ensino Fundamental.
Autora: Anete Lacerda
Com uma narrativa cativante, o livro aborda bullying e racismo pela perspectiva de Lili, uma criança que enfrenta desafios por sua cor de pele. A obra é indicada para discussões sobre empatia e preconceito.
Autora: Ingrid Macieira
Este livro inspirador incentiva meninas a acreditarem em seu potencial, enfrentando os desafios com coragem. A narrativa promove autoestima e representatividade.
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“Esses livros vão além de histórias: são ferramentas de conscientização que destacam vozes historicamente silenciadas”, afirma Isa Colli, CEO da editora Colli Books.
Por meio da literatura, crianças e jovens podem explorar questões raciais, culturais e sociais, construindo uma base sólida para combater preconceitos e promover o respeito às diferenças.
Neste Dia da Consciência Negra, famílias, escolas e professores têm a oportunidade de incentivar a leitura como uma ponte para a inclusão e a valorização da diversidade. Afinal, a educação é a chave para transformar nossa sociedade em um espaço mais justo e igualitário.