Calma, isso é mais comum do que você pode imaginar!
Atualmente, estima-se que a dislexia afete cerca de 10% da população mundial, o que representa mais de 700 milhões de pessoas. No Brasil, aproximadamente 4% da população apresenta dislexia, correspondendo a mais de 8 milhões de pessoas.
A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de leitura, escrita e, frequentemente, a coordenação motora. Crianças com dislexia podem apresentar dificuldades em habilidades motoras finas e grossas, o que, por sua vez, impacta sua autoconfiança e bem-estar emocional. Segundo a International Dyslexia Association (2023), estratégias de intervenção precoce são cruciais para minimizar as dificuldades de aprendizagem e maximizar o potencial cognitivo.
Ele desempenha um papel crucial na integração sensorial e no desenvolvimento da coordenação motora. De acordo com estudos publicados no Journal of Neurodevelopmental Disorders, exercícios físicos regulares promovem a plasticidade cerebral, melhorando a comunicação entre os hemisférios cerebrais, o que pode beneficiar a leitura e a linguagem em pessoas com dislexia.
Atividades físicas que envolvem movimentos coordenados, como dança, natação ou mesmo esportes coletivos, podem, a curto prazo, melhorar a concentração e reduzir os níveis de ansiedade. Além disso, a liberação de endorfina durante o exercício alivia o estresse, favorecendo a aprendizagem e podendo melhorar a ativação das áreas cerebrais relacionadas ao processamento fonológico.
Quando a prática esportiva é consistente e se mantém ao longo da vida escolar, ela fortalece a memória de trabalho e as habilidades executivas, essenciais para o aprendizado. A prática esportiva constante estimula o senso de pertencimento e reforça a resiliência, aspectos essenciais para o desenvolvimento psicológico.
Sim, tanto a curto quanto a longo prazo. Porém, a idade em que o exercício pode ter um impacto mais significativo no tratamento da dislexia pode variar.
A infância é um período crítico. Durante os anos de desenvolvimento, a plasticidade cerebral é maior, o que significa que o cérebro é mais adaptável às mudanças e aos estímulos externos. No entanto, o tipo de atividade mais adequada depende da fase de desenvolvimento da criança ou do adolescente.
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*Texto escrito por Juliana Bergamin Vertullo, Professora de Educação Física e Esportes no Colégio Presbiteriano Mackenzie - SP*